sexta-feira, 16 de março de 2012

Turno demonstrativo


Um pequeno raio de luz que atravessava uma brecha na janela focava em meu rosto. Senti algo claro sobre mim, mas me recusava a abrir os olhos. Queria poder continuar ali, dormindo, mas não poderia. Lentamente abri os meus olhos esverdeados afim de não querer ver o clarão. Levantei-me da cama de madeira maciça que suportada por quatros hastes em cada ponta que sustentava um grande pano branco que caia sobre os lados da mesma, com um colchão afofado por meu corpo e lençóis brancos com bordas azuis me cobriam, e meu travesseiro feito de penas com uma fronha branca de renda. Havia dois gatos pretos em uma espécie de sofá no canto do quarto, deitados. De repente, uma escrava entra em meu quarto a fim de preparar para o meu agitado dia. Entregara-me o meu vestido branco com um tom aperolado e assim o pus. Chegara mais uma escrava em meu quarto que me dera jóias de ouro puro com pedras preciosas do tipo Esmeralda. Enquanto me arrumava, outra escrava chega a meu quarto e me traz um belo café da manhã com frutas e suco. Tomei-o e assim depois de pronta sai pela porta pesada daquela saleta e fui até o pátio.  As pessoas me viam e me reverenciavam enquanto eu apenas dizia “Bom dia” para os mesmos. Algumas horas se passaram e alguém o qual eu não conseguia distinguir quem era me chama e diz que uma moça estava prestes a dar a luz. O segui até uma casinha de pedras onde não havia quase nada, apenas alguns móveis sujos e empoeirados. Seria de um casal com baixa condição, mas o que teria de mais nisso? Eu ajudara a todas as mulheres à qual carregavam um ser – humano dentro delas por vários meses. Então vi uma moça jovem, de cabelos negros abaixo do ombro e uma feição facial da que parecia estar sentindo dor sobre uma cama de madeira desgastada e um colchão velho. Pus a mão sobre sua cabeça e dei a minha benção. E disse –“Já estou aqui. Podemos prosseguir com o parto” – E a tal moça fazia esforço para que aquele feto pudesse nascer. E assim aconteceu. Depois de enrolado, peguei aquela criança ensangüentada e dei a minha benção sobre ela para que a livrasse de todo o mal que nos cercava naquele pequeno mundo. Todos se reverenciaram e agradeceram pelo o que eu havia feito. Sai daquela casa e fui direto para a minha. Estava anoitecendo e eu já me sentia cansada, mas não poderia dormir, pois haveria uma festa esta noite e é claro, eu era “obrigada” a ir. A noite chegou, o céu  estava escuro com poucas estrelas e a lua cheia brilhava clareando todo o local. Tomei um banho e coloquei minhas vestimentas. Outro vestido branco de uma só alça com uma corda dourada envolta da minha cintura como forma de cinto. Usava uma corrente de ouro pesada, brincos redondos o qual pesavam as minhas orelhas e várias pulseiras em torno dos meus punhos, todos cheios de Safira. Depois de pronta, sai do meu quarto e fui diretamente ao local da festa que já havia começado. Havia uma mesa retangular enorme com comidas e bebidas. Pessoas a cercavam, pegavam pratos e se entupiam de alimentos e quase todos estavam com uma taça de vinho ou um copo com outra bebida qualquer. Assim que cheguei, Hórus, o Deus dos céus veio até mim e disse –“Ora minha Deusa, como estás linda. Venha para podermos celebrar em teu nome” – Eu o agradeci e fui adiante, seguindo-o. Todos ficaram a minha volta a fim de me saudar. –“Á Bastet” – E assim ia se repetindo por todos. Várias pessoas vinham falar comigo. Mulheres traziam seus filhos ainda bebês para receberem a minha benção. Era cansativo, mas todos estavam felizes.
A festa acabara e eu estava indo para o meu quarto enquanto duas escravas me seguiam. Parei na frente da porta do mesmo e disse a elas –“Tudo bem, vocês podem ir”– Mas eles insistiam em ficar. –“Me deixem em paz. Parem de me incomodar. Estou exausta e preciso descansar então não me perturbem mais.” – E assim entrei em meu quarto e fechei a porta. Tirei todos aqueles brilhantes que pesavam em meu corpo e os coloquei sobre a velha penteadeira de madeira bem feita, com feições detalhadas. Um espelho médio sustentado por ela e duas gavetas pequenas em que eu guardava objetos pessoais. Deitei-me na cama sem tirar a minha vestimenta de tão cansada, e imediatamente fechei os olhos e adormeci. Amanhã seria outro dia exaustivo.


quinta-feira, 15 de março de 2012

O que eu penso, o que eu sou...


Porque quero ser uma das Queens? Bom, eu sempre quis participar de uma liga ou família. Sempre ficava procurando por vagas e quase nunca achava, e quando achava eu ficava com medo. Medo de não ser boa o suficiente para ser aceita, medo de ser e escrever coisas que perto dos outros não fossem nada, apenas coisas idiotas. Mas quando vi que tinha vagas na Rebels Queens logo fiz minha inscrição e pensei que não deveria ter medo e sim enfrentar todos os outros concorrentes, porque talvez eu seja boa. Talvez eu possa ser aceita, possa passar de pelo menos uma etapa. E eu passei. Em uma, até agora. Mas espero que consiga passar desta também. Isso é realmente muito importante para mim. E se acontecer, eu com certeza darei o meu melhor a esta liga.

Sou um tanto discreta, não gosto de ficar falando da minha vida pessoal para qualquer um. Quero mesmo é encontrar amigos, ter uma família aqui. Quero que pessoas especiais façam parte da minha vida. Quero poder ter mais liberdade, poder me expressar mais, ser mais atrevida, espontânea, ser mais forte, sentir-me mais segura de si... E eu acho que a Rebels Queens pode fazer isso virar realidade. 

Demorei bastante para fazer esse projeto, pois a minha dupla estava meio enrolada   e  infelizmente tive que fazer sozinha. Mas estava completamente esgotada de tanto estudar. Até porque eu deixei de estudar para poder fazer esse projeto. E eu espero valer a pena. Xoxo.

O Gato na História


Uma antiga lenda diz que o Gato foi criado em plena Arca, quando Noé, desesperado pela quantidade de Ratos que se proliferavam e devoravam todas as provisões, implorou que Deus o ajudasse. O Gato então, para a salvação de todas as espécies, teria sido criado do sopro de um Leão.
Os primeiros representantes da família dos Gatos devem ter surgidos a cerca de dez milhões de anos, muito antes do aparecimento do homem na Terra. Os primeiros contatos sociais entre homens e Gatos selvagens provavelmente foram na época das cavernas, com alguns vestígios pré-históricos evidenciando o fato. Porém, o verdadeiro encontro dos Gatos com o homem começa há cerca de cinco mil anos, no antigo Egito, nos tempos dos faraós, onde estes felinos eram adorados como divindades. A deusa egípcia Bastet, símbolo do amor materno, da ternura e da fecundidade, era retratada com corpo de mulher e cabeça de Gato. Acreditava-se que a bela deusa tinha o poder de fertilizar a terra e os homens, curar doenças e conduzir as almas dos mortos. Bastet também estava associada ao poder do Sol, e defendia Rá dos ataques de Apep, a Serpente contra quem o deus supremo lutava todas as noites, quando passava pelo reino da escuridão. 
Os romanos, quando invadiram o Egito, adotaram o culto à deusa Bastet, e em Roma, os Gatos também passaram a ser perpetuados em estátuas, pinturas e mosaicos, pois representavam o maior símbolo de liberdade para os romanos. Neste período, o Gato foi associado à diversas divindades, como Diana, deusa da fecundidade, e a sensual Vênus, muitas vezes representada como uma Gata. Com a expansão do Império Romano, os Gatos foram sendo introduzidos em toda a Europa, e durante muito tempo, aceitos pelo homem como animais domésticos, pela habilidade em caçar Ratos.
Na Grécia clássica, o Gato já era associado à feminilidade e ao amor, todos atributos de Afrodite, a deusa Vênus dos romanos. Na Babilônia não havia o culto aos felinos, mas uma lenda diz que o Gato nasceu do espirro de um Leão, o que coincide com uma antiga lenda hebraica.

Os Gatos domésticos fazem parte da família Felidae, que é dividida em seis gêneros: Felis, dos Gatos, Jaguatirica e Suçuarana (Puma); Panthera, do Leão, Tigre e Onça pintada (Jaguar); Acinonyx, da Cheeta; Uncia, do Leopardo das neves; Lynx, dos Linces; e Neofelis. No total são 37 espécies de felinos, das quais oito ocorrem naturalmente no Brasil: o Gato do mato pequeno, o Gato do mato grande, o Gato maracajá, o Gato palheiro, o Gato mourisco (Jagurundi), a Jaguatirica, a Suçuarana, e a Onça pintada. O Gato, apesar de domesticado, ainda possui características em comum com os seus parentes selvagens, como a técnica de caça. Gracioso, sociável, higiênico, inteligente e independente, passam cerca de 50% da vida em sono leve, 15% em sono profundo, e a maior parte dos 35% restantes, caçando, namorando, brincando e principalmente se limpando.

Humanos e Gatos


O tipo de relacionamento mantido entre homens e gatos pode estar mais próximo da relação inter-humana do que se pensava. Foi descoberto que a relação entre os gatos e seus donos é baseada em um verdadeiro jogo de interesses; são relações complexas, em que há contribuições emocionais de ambos os lados. Por exemplo, se um dono faz carinho no seu gato quando este pede, depois terá “créditos” com o bicho, quase como se um devesse a retribuição do afago ao outro. E o gato irá recompensá-lo mais tarde.  Também constatou-se que o humor e a personalidade dos donos afetam a forma como o gato reage. 

Os animais conseguem sentir as variações de humor dos donos, e se recolhem ou se aproximam dependendo disso. Mas só dos donos. Embora não pareça, os bichos reagem de formas diferentes quando com estranhos. Curiosamente, gatos parecem se dar melhor com mulheres. Nos relacionamentos com uma dona, o número de gatos que iniciam o contato físico é maior que nos relacionamentos de gatos com homens, independente do sexo do animal. Donos neuróticos tendem a ter contato mais distante com seus bichos, ou seja, têm uma relação fria em que o gato sabe que aquela pessoa serve como provedor de alimento e não necessariamente o respeita. A idade e a personalidade do animal também influenciam a relação. 

O Horóscopo Egípcio


Deus Rá- 16 de Julho a 15 de Agosto

Deus Rá, o sol, é a principal divindade dos egípcios. As características deste Deus são poder, força e criatividade. As pessoas que nasceram sob sua protecção são extrovertidas, cheias de energia e óptimos líderes. Gostam de enfrentar situações difíceis e de superá-las. Seu ponto fraco é não saber perder. Elas se consideram como o sol, o centro do universo, que tudo gira à sua volta. Se contrariadas ficam deprimidas.


Deusa Neit- 16 de Agosto a 15 de Setembro 
É a antiga deusa da caça, seu animal sagrado era o cão. Neit era chamada "a que abre os caminhos". As características desta Deusa são sua grande capacidade de análise, paciência e senso de organização. As pessoas nascidas sob a sua protecção são muito práticas, cuidadosas e reparam nos mínimos detalhes, porque estão sempre atentas a tudo o que acontece. Sabendo usar as suas qualidades positivamente alcançam o que consideram a sua maior felicidade, segurança e serenidade, mas sempre correm o risco de perder o equilíbrio por não saberem dar o justo valor a cada coisa.

Deusa Maat- 16 de Setembro a 15 de Outubro

Filha de Rá, é a Deusa da justiça, da verdade e do senso da realidade. No mundo dos deuses ela ocupa um lugar muito importante. Sem Maat, a criação divina (a Terra e seus habitantes) não poderia existir, tudo se afundaria no caos inicial. As características desta deusa são capacidade de observação, senso de justiça e sabedoria para criar harmonia à sua volta. As pessoas nascidas sob sua protecção tem um temperamento simpático e afável, além de um grande senso estético. Usando as suas qualidades positivamente tornam-se famosas e muito queridas. Em geral, essas pessoas têm problemas em fazer escolhas e precisam sempre de opinião dos outros. Para terem sucesso, no entanto é necessário aprenderem a fazer suas próprias escolhas.

Deus Osíris- 16 de Outubro a 15 de Novembro


É o deus mais importante. De acordo com a lenda, ele era o Rei dos deuses. O faraó que junto com sua irmã e esposa Ísis, governava com justiça, mas era invejado por seu irmão Set que o assassinou por ciúme. As pessoas nascidas sob sua protecção também têm a protecção de Ísis; se caracterizam em terem emoções e sentimento muito intensos além de terem uma persistência incomum. Possuem uma enorme energia e resistem a todas adversidades, dispostos sempre a lutar por aquilo em que acreditam. São também vítimas da influência de Set, por isso são extremamente ciumentos e quando não se encontram vivem desconfiados de todos. Para ajuda-los Osíris deu-lhes o dom da intuição que, bem empregado, os livrará das situações perigosas.


Deusa Hátor- 16 de Novembro a 15 de Dezembro

É a deusa dos céus a grande sacerdotisa do panteão egípcio, deusa da música e da dança, protectora dos prazeres e do amor, da vaidade feminina e da alegria. As pessoas que nasceram sob sua protecção possuem muita sensualidade e uma grande capacidade de amar; a permanente jovialidade e a alegria ao riso são constantes. Estas pessoas são quase sempre felizes, mas basta um pequeno problema para que se sintam desgraçados.


Deus Anúbis- 16 de Dezembro a 15 de Janeiro

O deus com cabeça de chacal , o guia dos mortos , o mediador entre o céu e a Terra, temido pela sua frieza e severidade do seu juízo. As pessoas que nasceram sob sua protecção têm grande força de vontade, paciência e inteligência aguda. Essas pessoas sabem conduzir o seu destino, tornando-se pessoas de sucesso em qualquer sector , porém este demora a chegar, porque Anúbis é o senhor do tempo e retarda as conquistas. Embora sejam fiéis, têm excesso de ambição e exagerado orgulho que, às vezes, os torna egocêntricos e pouco modestos.


Deusa Bastet- 16 de Janeiro a 15 de Fevereiro

Representa o poder benéfico dos raios do sol; é uma das esposas de Rá, a divindade dos gatos selvagens, com muita agilidade e vigor. As pessoas que nasceram sob sua protecção são bondosas, humanitárias, leais e muito cordiais e gostam de trabalhar em favor dos mais fracos. São independentes como os gatos, gostam de carinho mas se mantêm muito distantes, são geralmente alegre e divertidos, gostam de brincar e têm aptidão para a carreira artística. Devem controlar a rebeldia.


Deusa Tauret- 16 de Fevereiro a 15 de Março

A deusa da felicidade, protectora das mulheres grávidas, do nascimento e do renascimento no reino dos mortos, o Duad. As pessoas que nasceram sob sua protecção têm grande sensibilidade e intuição, tendência para assuntos místicos, esotéricos, astrológicos ou mágicos. Elas têm enorme bondade e capacidade de entendimento; possuem um olhar profundo e doce. As pessoas devem desenvolver inata em prol do bem ao próximo, mas devem evitar o desperdício de energia.


Deusa Sekhmet- 16 de Março a 15 de Abril

A poderosa deusa da força e da guerra , encarregada de destruir os inimigos de Rá e do faraó; é considerada o olho do sol. As pessoas nascidas sob sua protecção têm consciência da própria força, da grande vitalidade e potência física, são igualmente pessoas de grande magnetismo, com senso de organização e muita energia, aventureiros ou inovadores. É necessário ter cuidado com os excessos, com os impulsos descontrolados para não destruírem o que está a sua volta. Só encontram o equilíbrio com o casamento. A energia e a força devem ser usadas para construir o bem próprio e dos outros.


Deus Ptah- 16 de Abril a 15 de Maio

O grande deus da fertilidade masculina, criador de tudo que existe. Ele representa as forças criadoras espirituais, sendo considerado o Grande Construtor ou Divino Artesão, protector das belas-artes e dos artistas. As pessoas que nasceram sob sua protecção têm firmeza de temperamento, paciência e perseverança, um grande talento para as artes e tudo que se relaciona construção de objectos. Para alcançar a felicidade devem canalizar todas as virtudes para a realização de coisas que tenham valor espiritual e despertem sentimentos de beleza e harmonia, caso contrário, correm o risco de se transformarem em pessoas que vivem em constante insatisfação e não se realizam. No amor, encontrarão a felicidade quando conseguirem satisfazer sua exigente capacidade sexual.


Deus Toth- 16 de Maio a 15 de Junho
É uma divindade auto-concebida, que apareceu no mundo sobre uma flor de lótus no amanhecer dos tempos. É um dos deuses primordiais. É o senhor das palavras, criador da fala e da escrita, deus do tempo e das medidas, criador de todas as ciências, portador das forças civilizadoras. É representado como um homem com cabeça de Íbis, a ave sagrada. Por ter recuperado o olho de Rá, que tinha fugido para Núbia na forma de Tefnut, como prémio o deus Rá deu a Toth a Lua, e transformou-o no deus do disco branco, governador das estrelas; também foi advogado do deus assassinado Osíris e de seu filho Hórus. As pessoas nascidas sob sua protecção têm grande capacidade de comunicação e uma inteligência rápida e penetrante. Seus protegidos têm uma natureza dupla, nervosa e inconstante, são  muito activos, sempre inventando coisas para fazer ou dizer. Embora sensíveis como a flor de lótus, no amor eles são frios como a Lua e inconstantes como as aves voando de galho em galho.



Deusa Ísis- 16 de Junho a 15 de Julho

Irmã e mulher de Osíris, tinha grandes poderes mágicos. Entre outras coisas era a protectora das crianças, o que a tornava mais popular. As pessoas nascidas sob sua protecção têm grande sensibilidade e poderosa imaginação, forte instinto materno ou paterno; estão sempre prontas para socorrer os necessitados, são fiéis no amor e compreensivas em relações aos outros. Gostam da vida doméstica, são muito sentimentais, fracas para entender os aborrecimentos, gentis, têm um latente mau humor quando as coisas não são como o esperado, tornando-se fechadas e antipáticas. De natureza tímida e introvertida, sua candura natural e sua ingenuidade lhe renderam, tanto da vida quanto dos outros, alguns bons tombos e decepções, o que o fez que se tornasse desconfiado e um tanto arredio, como para se proteger. Às vezes, você é uma presa fácil de um complexo de inferioridade, pois se dá pouco valor e hesita muito em reclamar ou bater os punhos na mesa. Mas você se sobressai quando se trata de julgar, colocar as coisas em seus devidos lugares, separar o joio do trigo. Sua melhor qualidade, sem dúvida, é o discernimento. É naturalmente dotado para todas as profissões que exijam precisão e habilidade manual, sabe se filiar à disciplina, trabalhando bem em administrações. Profissão médica ou paramédica são indicadas.

A Deusa Bastet


Uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubastis, cujo nome em egípcio — Per-Bastet — significa Casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Império Antigo e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas espalhadas pelo mundo. Essa divindade também estava associada à Lua e protegia os partos e as mulheres grávidas de doenças e dos maus espíritos. A Deusa-Gata foi uma das divindades mais veneradas no antigo Egito. Nas festas dedicadas a Bast, as ruas enchiam-se de música, dança e brincadeiras bem-humoradas. Seus seguidores adoravam comidas doces, como bolos de mel, passas e frutas. Bastet então tornou-se a deusa dos festivais e do vinho. O sistro que ela traz na mão simbolizava o prazer da música e da dança. No Antigo Egito, o gato doméstico, trazido do sul ou do oeste por volta do ano de 2.100 a.C., é considerado um ser divino, de tal ordem que, se um deles morrer de morte natural, as pessoas da casa raspam as sobrancelhas em sinal de luto. No santuário de Bastet, em Bubástis, foram encontrados milhares de gatos mumificados, assim como inúmeras efígies de bronze que provam a veneração a esse animal. O gato é um símbolo que assumiu múltiplos significados entre as diferentes civilizações. Segundo uma tradição celta, ele teria nove vidas. Posteriormente, durante a Idade Média, o gato passou a ter apenas sete vidas. Animal misterioso associado aos poderes da Lua, ao mundo da magia e às bruxas.

Dizia a lenda...


A deusa-leoa Sekhmet, após ter dizimado parte da humanidade, fora apaziguada e se transformara numa gata mansa. A terrível bebedora de sangue se trasformara em Bastet, bebedora de leite. Em Bubastis, cidade situada na região central do delta nilótico e principal centro de culto dessa deusa, as festas em sua homenagem eram muito concorridas. O historiador Heródoto, falando de tais festas no seu tempo, escreveu:

"Os egípcios celebram todos os anos grande número de festas. A mais importante e cujo cerimonial é observado com maior zelo é a que se realiza em Bubastis. A vida em Bubastis por ocasião das festividades transforma-se por completo. Tudo é alegria, bulício e confusão. Nos barcos engalanados singrando o rio em todas as direções, homens, mulheres e crianças, munidos, em sua maioria, de instrumentos musicais, predominantemente a flauta, enchem o ar de vibrações sonoras, do ruído de palmas, de cantos, de vozes, de ditos humorísticos e, às vezes, injuriosos, e de exclamações sem conta. Das outras localidades ribeirinhas afluem constantemente novos barcos igualmente enfeitados e igualmente pejados de pessoas de todas as classes e de todos os tipos, ansiosas por tomar parte nos folguedos, homenagear a deusa e imolar em sua honra grande número de vítimas que trazem consigo e previamente escolhidas. Enquanto dura a festa, não cessam as expansões de alegria, as danças e as libações. No curto período das festividades consome-se mais vinho do que em todo o resto do ano, pois para ali se dirigem, segundo afirmam os habitantes, cerca de setecentas mil pessoas de ambos os sexos, sem contar as crianças."