No
Egito os arqueólogos encontraram cemitérios inteiros de animais sagrados
mumificados. Essa prática cresceu de importância no período mais recente da
história do Egito antigo, sob o domínio dos Ptolomeus. Por isso, não deve ser
considerada típica da vida religiosa do Egito em seu auge. Os
cemitérios de animais estavam situados nas proximidades de seus respectivos
centros de culto. Assim, os gatos, que representavam essa deusa Bastet da
alegria e do amor, eram mumificados e enterrados em Bubastis. A
mumificação de animais e pássaros, em verdade, era muito grosseira e o corpo
era freqüentemente reduzido a um esqueleto antes de ser envolto em bandagens. Tais
bandagens, porém, eram aplicadas com grande habilidade e todos os esforços eram
envidados para produzir uma múmia convincente na aparência. Essa múmia de gato,
do Período Tardio, por exemplo, está cuidadosamente envolta por numerosas tiras
de linho. Embora
a maior parte dos animais mumificados sejam dosúltimos períodos da história
egípcia, a prática de venerar certos animais em particular existiu já nos
períodos mais antigos. Muito antes do culto aos animais sagrados do Período
Tardio, o príncipe Tutmósis, irmão mais velho de Akhenaton, mandou mumificar e enterrar sua gata preferida com o título de Osíris
Tamit justificado. Seguindo o modelo dos sarcófagos do Império Antigo, o
caixão de pedra imita uma capela: as paredes laterais são mais elevadas. Os
textos inscritos no sarcófago pedem a proteção à deusa Nut e aos quatro filhos de Hórus,
enquanto que a gata aparece com um colar diante de uma mesa de oferendas. Nas
faces menores, Ísis e Néftis encontram-se ajoelhadas em sinal de
amparo.
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